segunda-feira, 5 de abril de 2010

Homenagem a uma grande mulher

Gostaria que todos lessem esse livro para ver os meios de comunicação como eu os vejo hoje, e tudo graças a alguém que se dedicou a estudar e com muita competência tem mostrado ao mundo a nossa realidade vista de uma outra forma, por trás dos meios de comunicação.
Obrigada por tudo professora, é um prazer compartilhar da comunicação que você me ajudou a entender, hoje faço parte dela, deixei de ser mais uma ninguém para ser mais uma produtora de comunicação.

Educação pelos meios de comunicação


“Refletir sobre a ação, ao lado dos indivíduos que constituem os grupos, traz aos que se propõem a realizar o trabalho de produção de
Educomunicação, a confirmação de que, de fato, não é o lado direito do
bordado e da costura que mostra se o trabalho está bem feito: é o avesso.”
O direito, o avesso; o individual, o coletivo; a teoria, a prática; oprocesso, o produto. É nesse sentido que Grácia Lopes Lima vai tecendo o seu bordado neste livro, nos convidando inicialmente a examinar o tecido sobre o qual o trabalho vai ser feito, ou seja: a partir de qual Educação e de qual Comunicação se costura a Educomunicação que nos será mostrada.
O leitor é, em seguida, chamado a chegar mais perto do processo de produção
de práticas educomunicativas: Grácia vai retirando das gavetas de sua práxis o
trabalho com os mais diferentes grupos, que evidenciam a variedade de
bordados possíveis.
Depois, e sem desprezar o lado “visível” da Educomunicação, a autora nos traz
mais para perto do bordado e o vira do avesso, revelando o detalhe, ponto por
ponto. Ao desvendar o processo de produção nesse sentido, percebemos que
tão importante quanto a palavra publicada no produto é aquela dita durante a
sua feitura e que tão importante quanto o coletivo é o indivíduo que se sente
fortalecido por ele. E aí se dá o encontro entre o menino Marcos, os autores
convocados a pensar a Educomunicação e a própria autora.
A leitura deste livro interessa a quem quer conhecer uma história de práticas
educomunicativas examinadas respeitosa e seriamente do lado direito e do
lado do avesso. Esta reflexão vem trazer uma importante contribuição para a
construção epistemológica do recém criado campo da Educomunicação.

Teresa Melo, mestre e doutora em Comunicação, ECA/USP e professora da UFSCAR.

O Homem no Teto - Feiffer, Jules (8571644616)


Jimmy Jibbet mora numa família digamos, comum. E ele tem algo muito valioso a seu favor, embora não seja nada bom em esportes e não muito melhor nos estudos, ele sabe desenhar. Tem o grande sonho de se tornar um grande cartunista, maior até que Walt Disney. O pai acha que Jimmy perde seu tempo com bobagens, a mãe não ajuda muito, já que vive com a cabeça em outro mundo, o da moda. Mas algo acontece na vida de Jimmy, Charley Beemer, o melhor jogador da escola, se revela um grande fã de Jimmy, com sua HQ do Mini-man. Charley propõe uma parceria com Jimmy para criarem juntos HQs. Jimmy acredita que isso seja a melhor coisa na vida dele.
A saga do pequeno cartunista é também a saga de uma família, pai, mãe, Lisi e Susu, irmãs de Jimmy e, talvez o mais importante de todos Tio Lester, um escritor fracassado de músicas que sempre tenta apresentá-los na Broadway, e cujo sonho, é o mesmo que o do sobrinho, ser reconhecido pelo o que gosta de fazer.
O fracasso, Jimmy fica sabendo que faz parte do caminho para se chegar ao sucesso.
Um livro surpreendente que faz até adultos acharem que retornaram no tempo e voltaram a ser crianças.

domingo, 4 de abril de 2010

Dibs- em busca de si mesmo de Virginia M.Axilaine


Em seu comovente relato, a tradutora ( Célia Soares Linhares) nos põe em contato com o traumático mundo de Dibs, uma criança que não falava, não brincava e que vivia perdido em si mesmo, muitas vezes tendo violentos acessos de raiva que deixava confusos o pediatra e o psicólogo que tratavam dele na escola. Mas o pequeno Dibs tinha uma inteligência rara e um QI elevadíssimo que, sem o apoio incondicional e o amor da família tradicional, exigente e extremamente conservadora, não encontra campo para se expandir, tornando-se assim, um menino arisco, problemático e fechado em si mesmo, mas ciente das coisas e de tudo o que se passa ao redor, assimilando sozinho seus aprendizados, conhecimentos e conquistas, as quais, devido a sua pouca idade, ainda não tinha noções de sua utilidade e se sentia perdido entre o mundo da criança e o mundo do adulto, o mundo da fantasia e o mundo real, entre o certo e o errado e entre o bem e o mal.
Ciente do que fala em seu livro, a autora Virginia Axline, que também é técnica em ludoterapia e tratamento de crianças com distúrbios emocionais, nos revela o mundo novo que vai se abrindo para Dibs quando este começa a freqüentar as aulas de ludoterapia e em contato com a professora que o entende e o estimula, que não lhe faz cobranças e nem o castiga, deixa-o livre com diversos brinquedos e conversas á sua vontade, ele vai adquirindo confiança e se sentindo cada vez mais seguro de si, e percebendo o seu valor vai encontrando o seu próprio caminho.
E, é por uma simples janela da sala de aula que ele consegue ver o mundo com os olhos de um outro Dibs, mais alegre e consciente de si mesmo, sabendo quem é, o que quer e o seu valor como ser humano num mundo onde impera o preconceito e a intolerância.