quarta-feira, 26 de maio de 2010

Senhora Dona do Baile


Relato dos anos de exílio que Zélia Gattai e Jorge Amado passaram na Europa, 'Senhora dona do baile' revela, sob o disfarce da inocência, um retrato do pós-guerra. A guerra fria racha o mundo ao meio, transformando as diferenças intelectuais e políticas em graves inimizades. O livro tem início em 1948, quando Zélia e o filho, João Jorge, então com quatro meses, embarcam rumo à Europa para se juntar a Jorge Amado, obrigado a fugir às pressas do Brasil depois de ter seu mandato de deputado federal cassado.

Um Chapéu para viagem


Zélia Gattai relata sua viagem sentimental como mulher e testemunha do marido, Jorge Amado. Neste livro, que traz um caderno com fotos da época, o mundo da política e da literatura se embaralham, assim como a nitidez dos eventos históricos e a turvação da memória pessoal. As origens familiares e as recordações da juventude de Jorge e de Zélia se misturam às ações corriqueiras do presente e aos sobrevoos da imaginação. Mario de Andrade, Carlos Lacerda, Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi e outros personagens desfilam ao lado de parentes distantes cheios de histórias.

Anarquistas Graças a Deus, Zleia Gattai


uma deliciosa historia um retrato de família onde a autora Zélia Gattai relembra sua infância vivida numa São Paulo ainda menina dando seus primeiros paços para se formar a metrópole que é hoje. Zélia conta a saga dos primeiros imigrantes chegados ao Brasil, com uma leveza que nos prende a atenção do princípio ao final do livro e nos deixa com um gostinho de quero mais. Neste livro entramos em contato com os primeiros movimentos políticos proletários, a massa de trabalhadores da emergente industrialização de São Paulo. A família paterna de Zélia migrou para o Brasil em busca de realizar um grande sonho, faziam parte da leva de florentinos que buscavam fundar em terras brasileiras a primeira colônia socialista da América do sul uma grande utopia, a pouco conhecida Colônia Santa Cecília no interior do Paraná. Este é um relato histórico, um livro de memórias como existem poucos no Brasil, inclusive por não ser tradição em nossa literatura livros de memórias. Sua família era composta de seu pai o senhor Ernesto Gattai, de família anarquista e dona Angelina, da família Dal Col genoveses católicos, vieram na primeira leva de imigrantes para substituir os escravos nas lavouras de café. O senhor Gattai um amante de corridas de automóveis, grande campeão. Passou de consertador de bicicletas a dono de oficina mecânica. Sendo o primeiro a fazer uma viagem de ida e volta ao litoral de Santos, subindo a serra do mar numa aventura automobilística hilariante. A família era composta de seu irmão Remo, Vanda, Vera e Tito. Estes são os personagens principais deste livro. E sobre eles que Zélia escreve sobre suas vidas a casa onde viviam, o cotidiano de uma família italiana. Não só italianos, mas outros imigrantes porque a história permeia as relações de vizinhanças, as reuniões anarquistas proletárias. Uma emergente classe operária com suas contradições e ideologias. Muito significativo o relato, sobre seus familiares seus amigos os parentes, a rua onde viviam, o bairro. A autora nos mostra uma são Paulo surgindo, com nascimento de bairros tradicionais como o Braz e o Bexiga. Uma Avenida Paulista ainda cheia de terrenos baldios com poças de lama. Os primeiros automóveis. A evolução dos imigrantes e a formação da grande nação brasileira devido à contribuição destes diferentes povos. É um livro emocionante que nos reporta à nossa própria infância.

A Droga da Obediência


A Droga da Obediência é o primeiro livro da série de personagens os Karas. Eles são um incrível grupo de adolescentes que proporcionam toda a aventura desse ótimo livro criado pelo prestigiado Pedro Bandeira." O grupo, criado como uma brincadeira por Miguel - agora com seu mais novo integrante, Chumbinho - acaba se envolvendo em um perigoso enredo com a droga da obediência, uma droga maléfica que faz com que qualquer um que a experimente seja " fiel como um cãozinho". Lute junto com Miguel, o "capitão do time"; Calú, o grande ator dos Karas; Crânio, o cérebro do grupo; Chumbinho, o mais recente dos Karas (que entrou no grupo forçadamente depois de ter descoberto o esconderijo); todos os incríveis códigos secretos dos Karas; Magrí, uma ginasta e única menina do grupo, contra o misterioso doutor Q.I. e sua poderosa droga. O mundo depende dos Karas. Esse livro, muito legal, eu recomendo para quem não gosta de monotonia e sim de suspense misturado com aventura e também grandes surpresas.

Meu pé de Laranja Lima


Um garoto chamado Zezé, tinha 6 anos (ou 5 mas gostava de dizer que ele tinha seis).
Ele vivia em uma casa de tamanho médio, seu pai se chamava Paulo, e estava desempregado, sua mãe, que por causa de seu marido desempregado trabalhava até tarde numa fábrica, e mais três irmãos: Totoca, Jandira e Glória.
Por causa do desemprego de seu pai, eles foram obrigados a mudar para uma casa menor, onde o garoto conheceu Minguinho seu pé de laranja lima, que fica sendo seu melhor e único amigo.
Como o moleque sempre foi muito arteiro, recebeu muitas palmadas e era surrado constantemente, apesar de que as vezes não tinha culpa do que acontecia.
O garoto tinha cinco anos, aprendeu a ler e por isso foi a escola mais cedo. Lá ele era um garoto muito comportado e gostava muito da professora Célia Paím, ao qual, levava flores todos os dias, e apesar de contarem a ela o diabinho que ele era, ela não acreditava.
Um dia o garoto foi pegar uma carona do lado de fora do carro, mas o carro era de um português chamado Manuel Valandarez, que tinha o carro mais bonito da cidade. O português viu isto e lhe deu uma surra que o garoto jurou se vingar.
Mas o tempo foi passando e o garoto ia se esquecendo. E num dia ele pisou num caco de vidro que abriu um corte, mas mesmo assim o garoto ficou decidido de ir para a escola.
Enquanto atravessava uma rua o português viu o garoto e pediu para ver o corte.
Vendo aquele corte enorme ele levou o garoto de carro até o hospital, e fizeram muitos ponto nele.
Desde então eles ficaram muito amigos e o português foi lhe tratando como um filho, sempre muito carinhoso.
Foram até pescar algumas vezes e passavam a tarde toda juntos. Outras vezes iam tomar sorvete e fazer outras coisas. Outra vez o português deixou o menino andar de carona em seu carro, o português o convenceu até de não falar mais palavrões.
Eles eram muito amigos até que ele recebeu a notícia que o carro do português foi esmagado por um trem, o português não resistiu e morreu.
O garoto entrou numa depressão profunda, e como a família desconhecia a sua amizade com o português, eles acharam que foi a notícia que seu pé de laranja lima seria cortado.
O garoto permaneceu dias comendo pouco, sem falar, deitado em sua cama e querendo morrer. Mas com as palavras de Glória, sua irmã preferida, ele conseguiu retornar a sua vida normal.

As Brumas de Avalon


MorganaMorgana era a irmã mais velha de Arthur. Filha de Igraine e Gorlóisda Cornualha. Ela foi criada em Avalon como uma sacerdotisa, segundo asambições de Viviane, sua tia, Morgana seria a próximaSenhora de Avalon, ela tinha a linhagem real e era muito aplicada àDeusa e aos seus ensinamentos. Mas, depois da Cerimônia do Gamo-Rei,onde Morgana foi dada ao seu irmão Arthur em nome da deusa, elase aborreceu com Viviane e com o que foi obrigada a fazer e abandonou Avalon.Indo morar com Morgause e depois indo para a corte de seu irmão.Morgana também era apaixonada por Lancelot, mas este nunca aquis por ela ser sua prima e por ver em Morgana sua mãe Viviane.Morgana armou o casamento de Lancelot, e, com isso, afastou-o de Guineverese vingando de tudo que sofrera até então. Morgana teve umfilho com o rei Arthur (Gwydion ou Mordred) que depois de muito tempo voltoupara Camelot e se tornou o conselheiro de Arthur até virar o grandeherdeiro do trono depois da morte do filho de Lancelot. Morgana foi expulsade Camelot depois de roubar a bainha mágica de Excalibur e jogá-lano lago sagrado. Morgana não concordava com a transformaçãode Camelot num reino cristão e lutou com todas as suas forçaspara derrubar Arthur do poder. Ela fracassou em todas as tentativas dessasua luta pessoal e perdeu com isso a amizade dos poucos que gostavam dela,Acolon, um consorte dela, morreu tentando derrubar o rei para Morgana,isso a deixou muito abalada e fez com que ela se exilasse em Avalon paraa eternidade. Morgana morreu velha em Avalon que se perdeu para semprenas brumas.LancelotLancelot era filho de Viviane, o melhor guerreiro da TávolaRedonda e o Mestre de Armas de Arthur. Lancelot mantinha vínculoscom Avalon e sempre que podia visitava sua mãe, porém elenão seguia nenhuma das duas religiões da época (Católicae Wicca), Lancelot não era um homem ligado aos cultos religiosos,embora pertencesse à linhagem real e tivesse a visão. Eleera apaixonado por Guinevere antes mesmo desta se tornar rainha, a suavida sempre foi regada de vitórias em batalhas e campeonatos, Lancelotera o mais valioso guerreiro do rei e o mais hábil domador de cavalosselvagens. Lancelot casou-se tarde, com a filha do rei Pelinore e, comisso, se afastou um pouco do reino de Camelot e da rainha Guinevere, comquem mantinha encontros furtivos e de quem realmente pertencia o seu coração.O seu romance com Guinevere foi descoberto pelos cavaleiros da TávolaRedonda, e depois disso ele foi expulso do reino de Arthur e nunca maisvoltou. Lancelot morreu velho no reino de seu sogro, o Rei Pelinore.

Hora Zero Agatha Christie


Triângulos amorosos abundam entre os convidados de Lady Camila Tressillian. Mr. Treves começa a falar de crianças assassinas e de crianças matando-se umas às outras. Em seguida ele morre, aparentemente de ataque cardíaco. Aí, a própria Lady Tressillian aparece morta também. Entra em cena o Superintendente Battle, da Scotland Yard que, com a ajuda de seu sobrinho e inspetor James Leach e dispondo de cinco dados coerentes mas que não revelam o culpado, busca a solução do mistério.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cipreste Triste


Todas as provas parecem indicar que, de facto, foi a jovem Elinor Carlisle que assassinou a outra jovem, Mary Gerrard, sua rival. Além do motivo e da oportunidade, Elinor tinha os meios para administrar o veneno fatal que foi encontrado na vítima. Durante a audiência o ambiente na sala é terrível e a ré corre o risco de vir a ser condenada a morrer na forca. No meio de toda aquela gente há, porém, uma pessoa que ainda acredita que Elinor possa estar inocente. Convicto de que está certo, Hercule Poirot recusa-se a baixar os braços e decide pôr as suas brilhantes células cinzentas a trabalhar para desvendar o mistério e encontrar a identidade do verdadeiro criminoso.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Homenagem a uma grande mulher

Gostaria que todos lessem esse livro para ver os meios de comunicação como eu os vejo hoje, e tudo graças a alguém que se dedicou a estudar e com muita competência tem mostrado ao mundo a nossa realidade vista de uma outra forma, por trás dos meios de comunicação.
Obrigada por tudo professora, é um prazer compartilhar da comunicação que você me ajudou a entender, hoje faço parte dela, deixei de ser mais uma ninguém para ser mais uma produtora de comunicação.

Educação pelos meios de comunicação


“Refletir sobre a ação, ao lado dos indivíduos que constituem os grupos, traz aos que se propõem a realizar o trabalho de produção de
Educomunicação, a confirmação de que, de fato, não é o lado direito do
bordado e da costura que mostra se o trabalho está bem feito: é o avesso.”
O direito, o avesso; o individual, o coletivo; a teoria, a prática; oprocesso, o produto. É nesse sentido que Grácia Lopes Lima vai tecendo o seu bordado neste livro, nos convidando inicialmente a examinar o tecido sobre o qual o trabalho vai ser feito, ou seja: a partir de qual Educação e de qual Comunicação se costura a Educomunicação que nos será mostrada.
O leitor é, em seguida, chamado a chegar mais perto do processo de produção
de práticas educomunicativas: Grácia vai retirando das gavetas de sua práxis o
trabalho com os mais diferentes grupos, que evidenciam a variedade de
bordados possíveis.
Depois, e sem desprezar o lado “visível” da Educomunicação, a autora nos traz
mais para perto do bordado e o vira do avesso, revelando o detalhe, ponto por
ponto. Ao desvendar o processo de produção nesse sentido, percebemos que
tão importante quanto a palavra publicada no produto é aquela dita durante a
sua feitura e que tão importante quanto o coletivo é o indivíduo que se sente
fortalecido por ele. E aí se dá o encontro entre o menino Marcos, os autores
convocados a pensar a Educomunicação e a própria autora.
A leitura deste livro interessa a quem quer conhecer uma história de práticas
educomunicativas examinadas respeitosa e seriamente do lado direito e do
lado do avesso. Esta reflexão vem trazer uma importante contribuição para a
construção epistemológica do recém criado campo da Educomunicação.

Teresa Melo, mestre e doutora em Comunicação, ECA/USP e professora da UFSCAR.

O Homem no Teto - Feiffer, Jules (8571644616)


Jimmy Jibbet mora numa família digamos, comum. E ele tem algo muito valioso a seu favor, embora não seja nada bom em esportes e não muito melhor nos estudos, ele sabe desenhar. Tem o grande sonho de se tornar um grande cartunista, maior até que Walt Disney. O pai acha que Jimmy perde seu tempo com bobagens, a mãe não ajuda muito, já que vive com a cabeça em outro mundo, o da moda. Mas algo acontece na vida de Jimmy, Charley Beemer, o melhor jogador da escola, se revela um grande fã de Jimmy, com sua HQ do Mini-man. Charley propõe uma parceria com Jimmy para criarem juntos HQs. Jimmy acredita que isso seja a melhor coisa na vida dele.
A saga do pequeno cartunista é também a saga de uma família, pai, mãe, Lisi e Susu, irmãs de Jimmy e, talvez o mais importante de todos Tio Lester, um escritor fracassado de músicas que sempre tenta apresentá-los na Broadway, e cujo sonho, é o mesmo que o do sobrinho, ser reconhecido pelo o que gosta de fazer.
O fracasso, Jimmy fica sabendo que faz parte do caminho para se chegar ao sucesso.
Um livro surpreendente que faz até adultos acharem que retornaram no tempo e voltaram a ser crianças.

domingo, 4 de abril de 2010

Dibs- em busca de si mesmo de Virginia M.Axilaine


Em seu comovente relato, a tradutora ( Célia Soares Linhares) nos põe em contato com o traumático mundo de Dibs, uma criança que não falava, não brincava e que vivia perdido em si mesmo, muitas vezes tendo violentos acessos de raiva que deixava confusos o pediatra e o psicólogo que tratavam dele na escola. Mas o pequeno Dibs tinha uma inteligência rara e um QI elevadíssimo que, sem o apoio incondicional e o amor da família tradicional, exigente e extremamente conservadora, não encontra campo para se expandir, tornando-se assim, um menino arisco, problemático e fechado em si mesmo, mas ciente das coisas e de tudo o que se passa ao redor, assimilando sozinho seus aprendizados, conhecimentos e conquistas, as quais, devido a sua pouca idade, ainda não tinha noções de sua utilidade e se sentia perdido entre o mundo da criança e o mundo do adulto, o mundo da fantasia e o mundo real, entre o certo e o errado e entre o bem e o mal.
Ciente do que fala em seu livro, a autora Virginia Axline, que também é técnica em ludoterapia e tratamento de crianças com distúrbios emocionais, nos revela o mundo novo que vai se abrindo para Dibs quando este começa a freqüentar as aulas de ludoterapia e em contato com a professora que o entende e o estimula, que não lhe faz cobranças e nem o castiga, deixa-o livre com diversos brinquedos e conversas á sua vontade, ele vai adquirindo confiança e se sentindo cada vez mais seguro de si, e percebendo o seu valor vai encontrando o seu próprio caminho.
E, é por uma simples janela da sala de aula que ele consegue ver o mundo com os olhos de um outro Dibs, mais alegre e consciente de si mesmo, sabendo quem é, o que quer e o seu valor como ser humano num mundo onde impera o preconceito e a intolerância.